O ex Cartunista do Pasquim e jornalista Claudius Ceccon, presente no Congresso “Buenos Ciudadanos y Sistema Preventivo”, na Universidad Politécnica Salesiana do Ecuador (26 a 28 de outubro de 2016) brindou os participantes com uma espetacular charge de Paulo Freire e Dom Bosco, os personagens mais citados no Congresso. O Cartunista fundou uma ONG do Rio de Janeiro (CECIT) dedicada à educação de jovens de periferia e que atua no estilo da Pedagogia Preventiva de Dom Bosco. Segundo Ceccon “a analogia pedagógica de Freire e Bosco se evidencia nas práticas pedagógicas em três momentos: a) Organização: caracterizada pelo rigor da seleção dos participantes, criando condições para potenciar suas capacidades; b) Diálogo: paixão pelas pessoas, aproximação empática; c) Humor: permite abrir a natureza do ser humano. É a arma do oprimido contra as armas do opressor. Em Dom Bosco a “amorevolezza” e em Freire a amorosidade, são elementos inatos da pessoa que podem desenvolver-se como resposta e proposta à constante problemática de todo jovem”.
As informações abaixo são retiradas do site itaucultural, a respeito de Ceccon:
Claudius Sylvius Petrus Ceccon (Garibaldi, RS, 1937). Arquiteto, designer, jornalista, desenhista, ilustrador e cartunista. Trabalha no jornal O Cruzeiro como auxiliar de paginador, em 1954. Três anos mais tarde, faz caricaturas para o Jornal do Brasil. No início década de 1960, cursa desenho industrial na Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), no Rio de Janeiro. Na mesma cidade, trabalha na revista Pif Paf. Passa a integrar, em 1969, a equipe do jornal O Pasquim, no qual também trabalham os desenhistas e humoristas Millôr Fernandes (1923-2012), Jaguar (1932), Ziraldo (1932) e Fortuna (1931-1994). Após ser preso pelo regime militar brasileiro,1 em 1971, exila-se em Genebra. Lá, tem contato com o educador Paulo Freire (1921-1997), com quem funda – juntamente com Rosiska Darcy de Oliveira, Miguel Darcy de Oliveira e Babette Harper – o Instituto de Ação Cultural (Idac), por meio do qual trabalha em projetos de alfabetização em países africanos de língua portuguesa até 1975. Ao voltar para o Brasil, em 1978, trabalha com alfabetização em bairros carentes de São Paulo, também pelo Idac, junto ao arcebispo dom Paulo Evaristo Arns (1921).